Pular para o conteúdo principal

Quantos textos vc não escreveu

Pq era frágil e faltavam palavras? Ou por que era covarde e as palavras sobravam, tantas, que eram contidas?

O ano do escorpião, o amigo me disse.
Morte, sangue, dívidas, mais morte
Crença nenhuma
Apenas a mais profunda.
De que eu não sou o suficiente. Qualquer coisa o suficiente.
Posso listar adjetivos no alfabeto inteiro.
Eu apenas não presto, não basto, não consigo.
Ok, perfeita a espalhar o tédio. Mas isso não conta como adjetivo, conta?
Que destino é esse a perseguir como miragem?
Nada existe
As pessoas não são como se pensa.
Ou melhor, são sim, mas não como vc pensa e lamenta.
Pq a crueldade é só sua culpa?
A burrice, essa sim.
Cruz tatuada na cara.
Sem, voz, sem eco, sem saudades
sem referencia
sem perspectiva
Morta.
Deito em meio aos escorpiões, abraçada.
O ano deles
Mas não adianta.
O dom final, eles não dão.
Não emprestam
Definhe e espere, sussura.
Mas eu posso esquecer por hoje, ao lado do vinho e do sono.
Até quando?

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

conto

E um dia a menina quebrou o espelho para não ser quem era. Mas o caco que olhava de volta era sempre conhecido E a fazia sangrar em desespero. Até que as lágrimas silenciaram a menina para todo sempre e do espelho restou só o pó

Era uma vez

Um cara que alisava os próprios fracassos como se fossem veludo. Só para dizer que sempre soube que de nada adiantaria. Era uma vez Uma guria, tadinha. Brincava de forte, mas era só disfarce Tinha medo que enxergassem o vazio. Era uma vez uma menina vivia a fazer perguntas e a se magoar O mundo era feito para negar as respostas. Era uma vez, e outra e foi-se