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Mostrando postagens de julho, 2010

frio de inverno

Chegamos no fim. No fim. No fim. Como um filme, o fim sempre esteve lá. A espreita. Mas enquanto um de nós corria, com a fome dos devoradores, daqueles, que olham para as migalhas sem remorso e nem saudades, o outro nem andava. Não ousava ao menos respirar. Se respirasse, talvez, por Deus... a verdade, é que se respirasse, talvez doesse. Recebia afagos como um cão. Aquele, que agradece as migalhas... Devia ter mordido os calcanhares. Chegamos no fim. E como na fita tediosa, não há, realmente história a ser contada. Conto de números primos. Não se dividem a não ser por si mesmos. Quando eu digo que conheço muitas pessoas legais, aí está: o oftalmo montou esse texto comigo, enquanto medíamos a pressão do meu olho. (Ele media, na verdade. Nós tagarelávamos. E eu tomei liberdades poéticas na história que contamos)

Proposta de emprego.

Serião, gente! (perceba o tom do post  e corra, amigo intelectual orgânico da sociedade) Preciso urgentemente de alguém, de uma máquina, de uma idéia, ou qualquer coisa que me MANTENHA PERMANENTEMENTE LONGE E ME IMPEÇA de comprar livros on line. Fácil. Notem, não é contra o consumismo, apenas contra o consumismo ENGAJADO (jura que só eu sou capaz de gargalhar com essa expressão?) Ou seja, se eu quiser vender minha alma comprando roupas, acessórios e cosméticos, susse. Só precisa me impedir de comprar livros. Pode usar da violência. Interessados, entrem em contato.

2+2

Pergunto vezes sem conta resposta sempre igual a zombar da esperança criança tonta sinta-se mal e solte esse balão passáro em que as asas já se quebraram Só porque voava baixo

aforismas II

1. Pessoas me doem como pregos enferrujados. 2. Pior cego é o que não quer ver. Na verdade, somos todos cegos de sentidos, por isso a vida não passa de um diálogo de cegos. Ninguém te vê. Você não vê ninguém. E o espelho que a vaidade carrega que faz com que a gente acredite que se vê, olha só: É concâvo, é embaçado, é sujo.  Tudo é falso. Somos cegos do pior tipo.

espelho

Olho para mim, madrugada. Insônia. Frio, aquele, para o qual não existe cobertor. Sou ingênua e burra, repito. não sei nada deve ser por isso que eu insisto em estudar e ler e pensar apenas sintoma de burrice. Inteligentes? pedras, tartarugas e golfinhos. Orcas e violetas. Eu? Ignoro, Ignoro-me, Ignoro-te. Ignobil Ignomínia.