Pular para o conteúdo principal

30 Day Song Challenge... Day 1

Aí eu vi essa série no Blog do Hobbit. ( O Enrique, que escreve muito melhor que eu. E é sério, e ele nem sabe que eu ia escrever isso, então, aproveitem a viagem e vão lá...)


E aí não fica ninguém aqui... iada, iada.


E daí eu vi essa série no blog do Enrique e eu fui lá curtir no facebook, por que, né? Tudo a gente curte no facebook e eu tava feliz, e eu ia passar trinta dias escrevendo sobre música e...
PÂNICO
TERROR, pessoas.
Juro!
Qual é mesmo a minha música favorita? Assim... favorita, favorita, definitiva e para sempre. Afinal, como bem disse o hobbit, Porque a canção favorita é importante. É o centro do universo musical da pessoa. 
E eu levo isso a sério, levo mesmo. Música para mim é tão necessária quanto o ar. E eu "cantava"para a minha pessoa no berço, quando não tinha ninguém por perto, com a minha chupeta (E os pais não são maravilhosos enxergando arte e genialidade em ruído??? Não são???)
Enfim, música é importante, para mim. É a sensação que sobrevive, é o sentimento que você pode pensar sem matar, é o alento para os meus dias de vento frio no coração... (E esses também, quanto mais trabalho há, mais se acumulam)
Mas eu tive muitas músicas preferidas, como a Mercedez Sosa, quando eu tinha tres anos, e depois a Clara Nunes e o Ney Matogrosso, que eu queria que fosse meu pai, e eu passei a adolescência inteira apaixonada pelo Caetano Veloso... e sentia um prazer noob, em conhecer músicas desconhecidas dele, como "Vampiro"...  E eu carreguei minha mãe a um show do Alceu Valença, quando eu tinha treze anos e todo mundo queria ver o polegar.
E eu deixei o meu pai doente de preocupação por que, aos 15, só ouvia Beethoven... e Bach. E Paganini. E pq pouco tempo antes, quando eu tinha 10, ou 11, eu passei uma semana toda vestindo rosa, e eu nem gostava de rosa, para ganhar um k7 do Ultrage a Rigor, que o meu pai temia que não fosse uma boa influência. (ele achava que não era música de menina).
E eu fui gostando de todas elas.
E veio o metal. E o Iron, e o Death, e o Lacuna Coil. E eu chorei, emocionada mesmo, quando assisti o Blind Guardian ao vivo. E cantei todas as músicas e guardo todos os cds como preciosidades. E eu passei por todo o Brock. E fui em todos os shows do paralamas que eu pude, e briguei com gente que não gosta de engenheiros, e descobri Cazuza muito depois, só para fazer as pazes com uma parte de mim.
E eu podia escrever esse texto para sempre, só para falar de música latina, de tango, e até de velhas virgens, e de mägo de oz. Ou de Cruachan e Loreena. Ou de como a Rita Lee coloriu minha noite, quando eu saí, sozinha, na madrugada curitibana, para ficar comigo mesma e com a lembrança da Rita, ao vivo, de 64 anos, na porta do Guaíra.
Mas e qual é a minha música preferida?
Por muito tempo, foi uma desconhecida. Um girassol da cor de seu cabelo. Mas essa, eu dividi com alguém, e agora, essa lembrança me traz um desassossego no coração. Não consigo pôr ela em looping no Mp3 e não gostaria de pensar que o lugar dela é o meu umbigo musical.
O centro.
E daí é que eu escolhi afinal.
A música que me coloca no lugar, que eu ficaria para sempre, não sem lamentar por escolher uma só. A música que tem um verbete na wikipédia só para ela. (Não é a única, reconheço) Mas é tão genial que a mente e o coração ficam felizes com a escolha.
Um grande clipe dadaísta, a primeira vez que eu ouvi ela imaginei o Salvador Dali, rindo, em uma roda de figuras mentais. E George, no meio, com a mão nos joelhos, Cool, o mais legal dos Beatles sorrindo para mim.
Eu sou a morsa
E essa música diz que meu coração pode voar e ser criança para sempre.




I am he as you are he as you are me
and we are all together



Vai lá na wikipédia, incrédulo.

PS:Não, eu não estou fazendo apologia as drogas. LSD tinha função social naquela época, e eu faço história e sou chata e vc não vai me convencer. Gosto mesmo é da idéia de sacanear quem tenta interpretar a música.
PS: Quanto ao cazuza, eu achava um castigo ser ariana, antes dele. =D

Comentários

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

...

E toda vez que ela confundiu amor com ter algum tipo de companhia, ou apoio, fez um risco na parede. Ao fim da vida, não lhe sobrou parede intacta. Pediu para voltar e aprender a desistir. Quem sabe na próxima?

Para vc, para sempre

Depois que você se foi, tenho medos e vazios. Os vazios, óbvios Para quem viveu tal intensidade e tal certeza Muitas vezes ao dia eu choro, só pq você não está lá, seja para pegar minha mão seja para me dar uma bronca Seja para te ouvir respirando de madrugada e saber que estava tudo bem Ao mesmo tempo, tudo parece um pouco irreal. Como se de algum modo minha cabeçca continuasse te criando As pessoas dizem que a vida pode ser re construida e é mentira, Pq a pessoa que eu era morreu quando vc morreu indelevelmente Só existe uma outra vida que eu vivo agora não há escolha. E as pessoas me dizem para encontrar outro alguém mas eu só consigo pensar que essa pessoa nunca seria perdoada por não ser quem vc era. e eu nem saberia como pedir desculpas.

...

E ela caminhou só por tanto tempo que não sabia se tinha se desligado do mundo ou se o mundo tinha se desligado dela A não ser pela pequena base, os irmãos que entre um mundo e outro  sussuravam nada importava e não fazia diferença a nao ser nos breves momentos de aconchego solitario.