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meias verdades

Ás vezes, queria poder explicar essa necessidade
Essa imensa necessidade que eu tenho
de me esconder.
Queria que houvesse um desenho
Ou palavras certas.
Mas, eu sei, com uma espécie de certeza inexata
Que se eu contar
Vai dar para ver a dor em meus olhos.
Deuses, parece que eu sou apegada a ela, ás vezes
Como aqueles amores doentes, e amarelos, que pulsam, infeccionando tudo.
Tudo que eu queria é que a dor fosse embora.
E as vezes eu minto
E as vezes eu sorrio
E as vezes eu nada.
Não quero me afogar na escuridão.
Não quero mais ouvir os banshes no meu ouvido.
Mas, ao mesmo tempo, eu sei que ela está aqui
ao alcance de uma respiração.
E eu sumo
Normalmente, por que o peso é demais
E ninguém pode me ver de joelhos.
Entenda, eu sei.
O meu egoismo é o pior.
Mas falar, deixar que se veja.
É só dar realidade, a algo que eu queria sumido.
E vou quebrando aos pouquinhos
até que um de nós suma primeiro.
Não desista de mim.
Especialmente quando eu preciso brincar de desaparecer.
Se você não ver
Será verdade
e nem a ninfa, aquela, o eco
vai poder me encontrar.

Comentários

  1. J. Gostei do que escreveu no meu blog. Só quem é darkovano entende Darkover. Parece que quem não lê, simplesmente não lê, não gosta, acha chato, estranho.... Muito bom, reconhecimento. Tenho esse outro blog aqui - www.onaturalista-neto.blogspot.com

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