Pular para o conteúdo principal

Filme favorito, anarquismo, ou: nada disso.

Se me pedissem para escolher um único filme em toda a minha existência eu diria: por que vc não morre? =D
Mas mesmo assim, V de vingança estaria quase na frente.
Já sei o que pensam, possíveis (invisíveis) leitores: pronto, lá vem uma anarcóide. Ou: o quadrinho é muito melhor, ou... sei lá. Mas a vantagem de ter um blog é que dá, egoísticamente, para escrever só sobre nós. No caso, eu. (nós é coisa de comunista. Ou de marinheiro).
Uma das minhas cenas favoritas é a libertação da Evey.
Lá vai:



E, não, eu não achei em português. Aqui, depois de ser presa, torturada e encontrar uma carta que muda sua perspectiva sobre morrer, Evey descobre que era tudo armação do V. Para livrá-la do medo. E ela fica muito brava. Com razão. Eu não queria um tratamento desse tipo e olha que eu odeio todos os meus medos como toda boa orgulhosa garotinha soberba. Mas quando ela percebe que funcionou e sai na chuva, mais livre do que se possa imaginar ou sentir ele diz algo como: não feche os olhos. Tem a ver com sentir tudo, em totalidade.
(Ele não diz isso? dane-se, deveria dizer)
E o filme é relacionado com anarquistas e/ ou anarcóides.
Afinal o V é contra o governo.
Ele faz alguma coisa.
Blá,blá,blá, fala com a minha mão.
Já ouvi muito menininho quebrando coisas na escola pública para depois citar o V:
"A anarquia ostenta duas faces. A de Destruidores e a de Criadores. Os Destruidores derrubam impérios, e com os destroços, os Criadores erguem Mundos Melhores."
E continua lá, quebrando o que existe, bem feliz.
O filme, é certo, tem 225 mensagens (ok, vc não me conhece, então, dado importante: para mim, 225 funciona como sinônimo de muitos, milhares, incontáveis. Se eu aumentar para 325, é praticamente o infinito)
Mas nesse momento o que me intriga mesmo é o negócio de VER
Ver as coisas, em totalidade, fora dos nossos umbigos (opa, meu. Nosso é coisa de casal - ou de comunista - e sim, isso é uma piada, ou deveria ser).
Por que, afinal, enquanto o problema é do outro, por qualquer que seja o motivo, ou do povo, que também é uma espécie de outro amorfo, estamos vendo mesmo de quem se fala ou apenas nomeando miragens?

O V diria: Igualdade, justiça e liberdade são mais que palavras; são perspectivas!
Só resta aprender a ver.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

frio de inverno

Chegamos no fim. No fim. No fim. Como um filme, o fim sempre esteve lá. A espreita. Mas enquanto um de nós corria, com a fome dos devoradores, daqueles, que olham para as migalhas sem remorso e nem saudades, o outro nem andava. Não ousava ao menos respirar. Se respirasse, talvez, por Deus... a verdade, é que se respirasse, talvez doesse. Recebia afagos como um cão. Aquele, que agradece as migalhas... Devia ter mordido os calcanhares. Chegamos no fim. E como na fita tediosa, não há, realmente história a ser contada. Conto de números primos. Não se dividem a não ser por si mesmos. Quando eu digo que conheço muitas pessoas legais, aí está: o oftalmo montou esse texto comigo, enquanto medíamos a pressão do meu olho. (Ele media, na verdade. Nós tagarelávamos. E eu tomei liberdades poéticas na história que contamos)

lembrar

Nas madrugadas em que era meu durava o dia inteiro mas era leve como o amor tem que ser aceitação e o preço, agora é o vazio da saudades. Pagarei, sem muito lamento mas perco o sono, toda vez.

poucas palavras

Se eu tivesse um só pedido... queria não ser egoista nunca mais. Nem mesmo um pouquinho. Quem sabe assim ganhasse o que desejo de verdade. O que não se escreve e nem se diz. Update: Eu devia bater em minha mão quando escrevo triste de madrugada. Nada que se ganha funciona. A gente conquista. Quero voltar a ser a pirata que carrega espadas nos contos de meu amigo bardo.