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em março

A verdade é que queria escrever um texto revolucionariamente bonito
tocante, cheio de contradições
e dores
e fios de navalha
e sorrisos
e gozo
mas eu tenho medo
que nao seja verdade, ou
que se for
ela não dure o suficiente.


Ok, confesso. Ando lendo Sylvia Plath.

Comentários

  1. ( escrevi um monte de coisa, acabei apagando. Não tenho muita coisa a dizer... fases de copo vazio)

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  2. "I shut my eyes and all the world drops dead; I lift my lids and all is born again." (É a única poesia da Sylvia Plath que conheço, mas acho ela linda...should have loved a thunderbird instead)

    Também tenho uma coisa por desertos...aliás, desertos, campos do faroeste paulista, oceanos, imensidões em geral. Qualquer lugar onde dê pra se perder só de olhar, qualquer coisa que parece maior do que a própria vida. Ah, o faroeste paulista não tem nada demais, heheheh...é um mar de plantações e pastos, mas é o meu deserto, sabe? Pra onde eu vou (física ou mentalmente) quando quero me perder ou me achar...ou algo assim, hehehe.

    Ah, me conta o que achou do livro quando ler! Eu ainda não terminei, mas tô gostando bastante...E ainda não assisti Rango! Assim que sanar essa deficiência eu conto o que achei =)

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  3. Entendo Caio Fernado Abreu: Sylvia Plath pode ser um mal estar iluminado.

    Lindo seu poema,

    T.

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  4. Um poema lutando pra existir entre os medos nossos de cada dia...
    Lindo mesmo!

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