Se há uma verdade que vem absolutando sobre mim a muito, muito tempo é a de que "estou a todo tempo planejando a minha fuga". (esse é o link que eu mais temo que suma na internet inteira - guardem ele - hahaha)
Enfim, é mesmo verdade. A psicóloga anda conversando comigo agora sobre isso. (mais alguém se sente derrotado achando que a psicóloga é como ter que PAGAR para ter um amigo??)
Divago, como sempre. O objetivo aqui é outro. Terminei outro livro hoje. Inés de minh'alma, da Isabel Allende. E a Isabel sempre descreve mulheres fortes, soberanas, bruxas mesmo, no melhor sentido. Mama Frésia é uma personagem dela que adotei para mim, mas dizem que a imitação pode ser uma espécie de lisonja, então, está tudo certo. Queria muito, por isso, ver o Chile de suas páginas, o Chile de Ines, do século XVI. O Chile de Elisa Sommers, do século XVIII. O engraçado é que ela mora fora do Chile a anos, mas sempre me desperta comichões, como se eu fosse uma espécie de Osíris enfetiçado que procura a si mesmo.
Eu aprendi pai, vou sempre estar só.
Era a frase de uma briga e de uma dor, a muitos anos. Agora é só a verdade do espelho. (Por enquanto)
Não posso ir ao Chile daquelas páginas. E Ines não gostaria de mim, pelo mesmo desprezo que dedico aos covardes. Mas, dado que nunca vou me abster de partir, o Chile é mais uma rota.
A outra, claro, é Lisboa. (Fujo para dentro dos livros - quero levá-los para fora de mim, deusa de quereres que me torno).
A Lisboa do Mestre adorado, do amor, da verdade, de todas as pequeninas coisas. A Lisboa que eu tenho que ir sozinha, para conversar com uma estátua sem constranger ninguém. Para levar rosas brancas ao túmulo do Pessoa e ler poesias. Para chorar na esperança de ficar curada. Para caminhar só pensando que ele andava por ali.
Sem culpas pela adoração.
Uma vez, talvez mesmo mais do que uma, me disseram que esse amor adoratório era um defeito, que ter ídolos era limitador, mesquinho, menor.
Eu não me importo mais, não é engraçado? Pode me dar os adjetivos errados agora, só sobra a tristeza, mas nem por um segundo uma tristeza a se pensar ser diferente.
Por que eu sei que Pessoa não é um Deus, nem mesmo de si mesmo. E ele sabia quando disse: sinta quem lê. Quem sabe dê para entender quando eu escrever sobre seu aniversário?
E depois tem o Tor, Glastonbury, a Cornualha. Engraçado que foi a primeira das rotas de fuga que eu tracei, mas fica por último, afinal detém o desejo mais inconfessável: O dia que eu subir ao tor pedirei as fadas que me levem a avalon.Sumiria para sempre.
Um dos meus desejos mais antigos e mais secretamente confessados.
Claro que há sempre darkover. Mas a verdade é que eu vou voltar para lá. E se um dia eu pensar isso, mesmo que insanamente, não me contem a verdade. Alton e Ridenow. Como dizia o Gui: Só Darkovanos entendem Darkover. Voltaremos para lá ao morrer. Mal posso esperar por Damon.
Enfim, é mesmo verdade. A psicóloga anda conversando comigo agora sobre isso. (mais alguém se sente derrotado achando que a psicóloga é como ter que PAGAR para ter um amigo??)
Divago, como sempre. O objetivo aqui é outro. Terminei outro livro hoje. Inés de minh'alma, da Isabel Allende. E a Isabel sempre descreve mulheres fortes, soberanas, bruxas mesmo, no melhor sentido. Mama Frésia é uma personagem dela que adotei para mim, mas dizem que a imitação pode ser uma espécie de lisonja, então, está tudo certo. Queria muito, por isso, ver o Chile de suas páginas, o Chile de Ines, do século XVI. O Chile de Elisa Sommers, do século XVIII. O engraçado é que ela mora fora do Chile a anos, mas sempre me desperta comichões, como se eu fosse uma espécie de Osíris enfetiçado que procura a si mesmo.
Eu aprendi pai, vou sempre estar só.
Era a frase de uma briga e de uma dor, a muitos anos. Agora é só a verdade do espelho. (Por enquanto)
Não posso ir ao Chile daquelas páginas. E Ines não gostaria de mim, pelo mesmo desprezo que dedico aos covardes. Mas, dado que nunca vou me abster de partir, o Chile é mais uma rota.
A outra, claro, é Lisboa. (Fujo para dentro dos livros - quero levá-los para fora de mim, deusa de quereres que me torno).
A Lisboa do Mestre adorado, do amor, da verdade, de todas as pequeninas coisas. A Lisboa que eu tenho que ir sozinha, para conversar com uma estátua sem constranger ninguém. Para levar rosas brancas ao túmulo do Pessoa e ler poesias. Para chorar na esperança de ficar curada. Para caminhar só pensando que ele andava por ali.
Sem culpas pela adoração.
Uma vez, talvez mesmo mais do que uma, me disseram que esse amor adoratório era um defeito, que ter ídolos era limitador, mesquinho, menor.
Eu não me importo mais, não é engraçado? Pode me dar os adjetivos errados agora, só sobra a tristeza, mas nem por um segundo uma tristeza a se pensar ser diferente.
Por que eu sei que Pessoa não é um Deus, nem mesmo de si mesmo. E ele sabia quando disse: sinta quem lê. Quem sabe dê para entender quando eu escrever sobre seu aniversário?
E depois tem o Tor, Glastonbury, a Cornualha. Engraçado que foi a primeira das rotas de fuga que eu tracei, mas fica por último, afinal detém o desejo mais inconfessável: O dia que eu subir ao tor pedirei as fadas que me levem a avalon.Sumiria para sempre.
Um dos meus desejos mais antigos e mais secretamente confessados.
Claro que há sempre darkover. Mas a verdade é que eu vou voltar para lá. E se um dia eu pensar isso, mesmo que insanamente, não me contem a verdade. Alton e Ridenow. Como dizia o Gui: Só Darkovanos entendem Darkover. Voltaremos para lá ao morrer. Mal posso esperar por Damon.
"Escritor: não somente uma certa maneira especial de ver as coisas, senão também uma impossibilidade de as ver de qualquer outra maneira." - Drummond
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