Chegamos no fim. No fim. No fim. Como um filme, o fim sempre esteve lá. A espreita. Mas enquanto um de nós corria, com a fome dos devoradores, daqueles, que olham para as migalhas sem remorso e nem saudades, o outro nem andava. Não ousava ao menos respirar. Se respirasse, talvez, por Deus... a verdade, é que se respirasse, talvez doesse. Recebia afagos como um cão. Aquele, que agradece as migalhas... Devia ter mordido os calcanhares. Chegamos no fim. E como na fita tediosa, não há, realmente história a ser contada. Conto de números primos. Não se dividem a não ser por si mesmos. Quando eu digo que conheço muitas pessoas legais, aí está: o oftalmo montou esse texto comigo, enquanto medíamos a pressão do meu olho. (Ele media, na verdade. Nós tagarelávamos. E eu tomei liberdades poéticas na história que contamos)
E não conseguimos deixar de falar. Parece que nunca é o bastante falar de amor.
ResponderExcluirGosto de um conceito do Deleuze e do Guattari que se chama Intermezzo - "estar no meio ou entre as coisas".
ResponderExcluirTalvez o nosso grande sonho/delírio seja a ideia de profundidade: ir além das forças da vida. O mais profundo possível.
Quando você escreve esses textos bonitos, acredito que você já está no "meio" das coisas: dos furacões e caos da existência.
Surfar. Vamos surfar? Vamos dobrar as ondas?